quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

POBRES BARATAS QUE SOMOS


Hoje de manhã quando estava saindo de casa, no corredor do prédio, vi duas baratas no chão. A primeira, já morta, um pouco mais à esquerda de quem segue em direção à porta, bem no cantinho, recolhida para sempre, dando passagem aos vivos. A segunda ainda debatia-se, esforçada com a pança para cima, denotando uma falha da mãe natureza, uma vez que naquela posição colocada, não mais conseguia virar-se.

E se fôssemos assim? E se somos assim?

Baratas são mais parecidas conosco do que pensamos, refleti. Tão gloriosas com suas cascas, protegidas pela dureza de um corpo singular. 

Por que ojerizar tanto uma criatura pela aparência que lhe foi destinada? Para todos os efeitos não há escolha, não se opta pela insígnia de se nascer diferente. Pobres baratas. Pobres humanos que somos.

Com vocês Cee Lo Green e Gwyneth Paltrow, divirtam-se: