Depois de certa ausência, aqui estou de volta ao BLOG. Entre mortos e feridos, salvaram-se todos. Sete provas nas últimas duas semanas. Agora me resta curtir as férias e aproveitar para colocar minhas leituras em dia e para ler alguns jornais: estive fora do mundo.
Mas os jornais lerei com moderação. O excesso de informações do mundo globalizado me angustia. Em que medida me interessa saber que um vulcão eclodiu no México ou, ainda, qual a importância de eu saber que um avião despencou no Paquistão? Ora, por favor, as coisas parecem não ter mais fronteiras. Logo eu que nasci em uma, sinto falta delas. Saber de tudo isso não me torna mais humano.
Como, por exemplo, aquele resgate dos mineiros chilenos. Não acompanhei muito, mas foi uma comoção nacional aquilo! Ao vivo, todos os jornais acompanhando, não se falava em outra coisa em todas as espécies de mídia (saiu um! saiu dois! agora mas um!). Tudo bem, pode ter sido algo espetacular tal salvamento, mas para mim é excesso, é desvio, é chatice pura. O que quero eu com os mineiros do Chile se aqui na rua do lado, em frente a um supermercado, tem uma família inteira (sim, inteira: mãe, pai e quatro filhos) morando na rua? Cadê o resgate pra eles?
Por favor, me poupem de eclosões na Ásia, matança na África, roubalheira na Europa. Isso tudo para mim é spam e meu cérebro tem filtrado há tempos.
Daí quando acontece algo nacionalmente relevante, nós já estamos saturados, cheios de informações, sem ânimo para comemorar ou questionar; para elogiar ou criticar. Por que ontem foi a invasão dos morros cariocas, mas amanhã vai ser a invasão dos morros da Chechênia. O jornalismo globalizado não tem mais critérios: tudo é informação, tudo é pauta.
Então, nas minhas férias, vou ler - com muita parcimônia - alguns jornais e colocar, de verdade, as leituras boas que me estão pendentes em dia. Vou tomar aquela cervejinha no fim do dia e ver a lua nascer, é lindo demais! Dar bola pros meus amigos, acender as luzes da minha árvore de Natal, colocar as roupas na máquina e depois estender, de repente fazer umas jantinhas, passar verniz naquele móvel, pregar aquele quadro. Enfim, todas essas coisas que - durante o ano letivo - as 24 horas do dia não dão conta de permitir que façamos.
C´est la vie! Que venham as férias! Que delícia é ter as noites livres!
Humm, coisa boa! Li o teu texto e me deu uma vontade de sair, caminhar um pouco, ouvir uma música, ver um filme, tomar uma cervejinha, sei lá... uma vontade de férias! Contagiante. Aproveita bastante teu tempo livre e se quiseres passear com a tua afilhada estamos às ordens, hehehehehehe. Beijos, beijos
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