Sempre que posso eu implico com Florianópolis. Sempre que dá eu provoco Santa Catarina. Talvez por que inconscientemente ainda acredite nesta ideia estúpida de superioridade gaúcha, ou quem sabe seja uma inveja por não ter sob meus pés terras tão lindas e diante dos meus olhos águas tão claras.
Todavia, sempre que posso dou um pulo lá, só para criticá-los. Mentira! Vou por que adoro Florianópolis com todas as forças que minha inconstância permite.
Quando chego lá, apresento um discurso pronto - com o qual alfineto os nativos - digo que o circuito cultural do Sul do Brasil vai do Rio Grande do Sul ao Paraná, pulando Santa Catarina. Mas digo isso sentado em um chalé de uma praia indescritível, bebendo algum suco natural e comendo um camarãozinho. De que cultura eu falo? Que circuito os pula? Onde mesmo nós somos melhores?
Bem, em véspera de elegermos Ana Amélia Lemos (PP) para o Senado, José Fogaça (PMDB) para o Governo do Estado e estarmos sob o comando de Yeda Crusius (PSDB), resta-me fugir para Santa Catarina sempre que posso, para inspirar um pouco de beleza e expirar toda a prepotência gaúcha. É para lá que parto amanhã, naturalmente abandonando este BLOG pelos próximos cinco dias.
Aliás, o ESPECIAL MULTIMÍDIA DO COTIDIANO.UFSC, coordenado pela Professora Maria José Baldessar, criou essa preciosidade que compartilho com vocês, é só clicar em cima do que está em azul neste parágrafo. Trata-se de uma homenagem para Florianópolis, pelos seus 284 anos que se comemorou no último dia 23 de março. Muito legal!
Florianópolis é ilha e é continente. É Capital e é refúgio. É um recanto de liberdade e traz no nome uma homenagem a um presidente tirânico. Já foi Nossa Senhora do Desterro e ainda hoje é asilo, é exílio, é degredo, é desterro, é oásis e é pra lá que eu vou!