Ausência
Estas coisas que não existem
Que não me cercam
É da ausência das coisas
Da falta que faz
O que não tive
Acabo respondendo
Ao que não me perguntam
Neste entardecer de outono
Em que a chuva cai
Quem sabe lavando a alma
E tiro os óculos que não tenho
Acendo as velas que não vejo
É da ausência
Que beijo a boca de quem amo
No silêncio sem sentido
Desta peça escura
E vazia
A foto é do impressionante Henri Cartier-Bresson e o poeminha é meu, datado de 13 de junho de 2003.
"A ausência é um estar em mim."
ResponderExcluir(Drummond)
Abraços,
Eduardo
adoro os teus poeminhas, fico feliz que vistes para o mundo dos blogueiros!
ResponderExcluirum beijão
queriducho, tu tens que postar mais poemas teus aqui!
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