A Carmo, minha cúmplice e siamesa de alma, faleceu no dia 17 de julho de 2004. Lá se foram seis anos sem ela. Como havia dito em uma postagem anterior, a Carmo e eu escrevemos muitos textos conjuntos, mas muitos mesmo. Aliás, em vários deles nunca voltei a mexer, ainda não acho que seja o momento, ainda me dói muito: não há espiritualidade que afaste algumas saudades.
Sempre escrevíamos com muito humor, sarcasmo, tristeza, raiva e qualquer sensação destas naturais das pessoas. Nossos escritos nos revelam. Neles aparecem meus conflitos particulares, nossas felicidades, a evolução do próprio câncer que encurtou sua vida. Enfim, nos nossos textos e poemas aparece muito de nós. Por isso, também, é que fomos incrivelmente próximos e estranhos: amigos chegados, como nos denominávamos.
Hoje encontrei um poema nosso dentro de um livro do Mario Quintana. Um dos trechos (em itálico a parte escrita pela Carmo):
"(...)
Traduz, Rodrigo, em poema
A falta que te faço
Na superfície da alma, Carmo
A escuridão da noite sem lua
Ecplipse
(...)"
Preciso dizer mais alguma coisa? Boa semana a todos e todas.
A foto lá de cima é do Bresson.
forte... mas eu preciso d alguem assim na minha vida!
ResponderExcluirbjo qrido!